TDAH: as crianças necessitam de auxílio, não de rótulo!

Como é o tratamento?

by Bíblia para Crianças BR

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é frequentemente associado com crianças descontroladas e indisciplinadas. No entanto, isso é errado, pois o TDAH é uma condição que afeta o desempenho das crianças em casa, na escola e em outras áreas da vida. Não é apenas um comportamento incorreto.

A criança não consegue ficar parada um minuto, tem dificuldade para focar e concentração em qualquer coisa, seja no lar ou no ambiente escolar, interrompe todos e também atrapalha a aula… Somadas a outros acontecimentos, essas peculiaridades podem configurar um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ou, como é mais conhecido, TDAH. Cada vez mais em destaque o TDAH é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais recorrentes na infância, afetando cerca de 3 a 5% das crianças em idade escolar, de acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Para compreender melhor sobre os sintomas, diagnóstico, consequências e tratamento de crianças com TDAH, nós consultamos com a neuropsicóloga Betânia Alves Veiga Dell’ Agli, que é pós-doutorado pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e fundadora do Casulo – Centro de Atenção à Aprendizagem e Comportamento Infantil.

Portanto, é importante compreender o que é TDAH e como você pode ajudar a criança afetada. Neste artigo, vamos dar uma visão geral do TDAH e abordar como as crianças podem ser ajudadas a partir de uma abordagem centrada na criança.

O que é e como o TDAH pode afetar a vida e o desenvolvimento as crianças?

O TDAH é um transtorno de desenvolvimento que ocorre em crianças e adultos. É caracterizado por distração, hiperatividade, impulsividade, agitação e dificuldade em concentrar-se. Estima-se que cerca de 5 % das crianças em todo o mundo sejam afetadas por essa condição. O TDAH geralmente é detectado em crianças entre 5 e 7 anos, mas pode ser detectado em qualquer idade. Os sintomas são mais pronunciados nas crianças e tendem a diminuir com a idade.

De modo geral, o TDAH é um transtorno neuropsiquiátrico que tem como principal característica a dificuldade de concentração e foco, atingindo um nível muito alto, a ponto de afetar e causar danos na vida social, emocional, escolar e nas relações familiares da criança. O transtorno é verdadeiro e causa muita aflição à família e principalmente à criança. Por isso, deve ter todo cuidado. Esse apoio deve ser feito em cooperação entre família, escola e equipe de profissionais especializados no tratamento dos transtornos da infância. Entretanto, ao notar sinais que possam demonstrar Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é essencial que o adulto procure ajuda de profissionais para diagnosticar e iniciar o  tratamento e o acompanhamento da criança. O diagnóstico de TDAH na criança deve ser definido por uma equipe interdisciplinar, composta por médicos  especializados no tratamento.

Como estabelecer se, realmente, se trata de TDAH?

Atualmente os critérios são mais conhecidos, é natural vermos diagnósticos realizados sem a investigação necessária, ou seja, sem ser feito por profissionais especializados no desenvolvimento da criança. Isso é preocupante, porque um diagnóstico carente dos aspectos da funcionalidade pode acarretar para a manutenção do rótulo, tão discutido ao longo da história. O diagnóstico deve ter a tarefa de auxiliar no desenvolvimento e não rotular.

Quando citamos o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na infância, pode levantar um importante questionamento: como descobrir se a criança, realmente, tem TDAH ou se ela é apenas muito agitada? E possível descobrir quando se trata de sintomas do transtorno analisando 4 sinais:

  1. Os sintomas acontecem em pelo menos dois lugares distintos.
  2. Os sintomas continuam mesmo após mudanças nas condutas educacionais.
  3. Geralmente, há algum familiar que possui os mesmos sintomas.
  4. E o mais importante e que engloba os outros: os sintomas afetam no desenvolvimento da criança.

Em resumo, os sintomas do TDAH variam de criança para criança. As principais características são distração, dificuldade de concentração, hiperatividade e impulsividade. As crianças com TDAH têm dificuldade em se concentrar e concluir tarefas. Elas podem parecer desatentas e distraídas, mesmo quando instruídas a se concentrar nos trabalhos. Também podem parecer hiperativas e impacientes, não conseguem ficar sentadas ou parar de falar. Algumas crianças podem se mostrar muito impulsivas. Elas podem interromper outras pessoas ou agir sem pensar.

Como é o tratamento?

Após o diagnóstico definido por profissionais competentes, é o momento de iniciar o tratamento. O tratamento do TDAH deve envolver o uso de medicamento e tratamento comportamental: terapia com a criança (a Terapia Cognitivo Comportamental é a mais indicada), orientação à família e à escola. No caso de problemas de aprendizagem, deve ter o monitoramento psicopedagógico concomitante. Em casos mais leves e com uma família mais disciplinada, é aceitável tratar sem o uso de remédios. A escolha pela medicação é feita quando há consequências drásticas na vida da criança”. O tratamento para o TDAH depende da idade, da gravidade dos sintomas e do histórico médico da criança. O tratamento pode incluir medicamentos, psicoterapia e intervenções comportamentais, bem como estratégias educacionais e de apoio.

O tratamento medicamentoso é usado principalmente para tratar crianças com sintomas mais graves. Psicoterapia e intervenções comportamentais são usadas para ajudar as crianças a não se comportarem de maneira impulsiva. Estratégias educacionais e de apoio são usadas para ajudar as crianças a melhorar suas habilidades de aprendizagem e a desenvolver melhores habilidades de comportamento. Aí aparecem as dúvidas:

Os remédios farão algum mal às crianças? Podem acarretar dependência? E efeitos colaterais?

Este é um assunto delicado, que é particular de cada caso e  específico de cada criança, afina, somos únicos, com nossas necessidades e particularidades. Por isso, o monitoramento de uma equipe médica adequada é primordial para que o tratamento seja realizado de maneira assertiva e ponderada, sem causar danos a vida ou o progresso da criança. Estudos comprovam que a medicação não é prejudicial. Portanto não descarta os efeitos colaterais. O emagrecimento é um deles. Há outros, mas o medicamento trás benefícios à criança e não é prejudicial. Essa avaliação deve ser feita equipe médica, família e escola. A medicação, quando bem dosada, pode minimizar danos sociais e acadêmicos e afetivos, e possibilitar uma evolução mais satisfatória. O objetivo do tratamento medicamentoso não é fazer a criança ficar mais atenta e menos hiperativa para dispensar o professor e a família de responsabilidade no seu trabalho. Ao contrário, a medicação deve auxiliar para que as intervenções aconteçam de maneira adequada. É nossa total obrigação zelar do desenvolvimento e dar proteção sempre”.

Como as crianças são ajudadas

As crianças com TDAH precisam de ajuda para lidar com a condição. A abordagem deve ser centrada na criança e centrada em seus pontos fortes. As crianças devem ser estimuladas ao desenvolvimento pessoal, ao aprendizado e à aquisição de responsabilidade. Sua família, professores e médicos devem apoiar as crianças para que elas possam desenvolver-se de forma satisfatória. A supervisão deve se concentrar em ajudar a criança, não em julgá-la.

Recursos e suporte

Os pais devem procurar recursos para ajudar as crianças afetadas. Existem organizações, assistência médica e serviços de suporte que podem auxiliar na gestão dos sintomas do TDAH. Além disso, é importante procurar conselhos profissionais, como psicólogos e conselheiros, que podem ajudar as famílias a encontrar soluções para seus problemas.

Conclusão

O TDAH é uma condição de saúde mental que afeta o desempenho das crianças em casa, na escola e em outras áreas da vida. Se reconhece que não é apenas um comportamento negativo. Muitas crianças precisam de tratamento indicado por profissional da saúde.

É importante para as famílias procurarem recursos e suporte para ajudar a gerenciar os sintomas da condição. Os pais devem proporcionar ajuda apropriada baseada no desenvolvimento individual de cada criança. Além disso, a abordagem deve ser centrada na criança, estimulando-a ao desenvolvimento pessoal e melhorando as habilidades de aprendizagem.

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